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Como se tornar diplomata no Brasil?

Como se tornar diplomata no Brasil?

Ser diplomata é o sonho de muita gente. Mas, ainda que esse cargo seja bastante falado, sobretudo quando o assunto é política internacional, poucos sabem explicar como se tornar um.

O cargo traz muitas curiosidades ao público em geral, principalmente pela possibilidade de se ter alto salário e, muitas vezes, viver fora do país. 

Mas, a carreira diplomática tem toda uma jornada grande e de muita dedicação. Se você ingressar nesse universo, a gente te explica por onde começar.

Mas, o que é um diplomata?

Para explicar como se tornar um, é preciso falar rapidamente sobre esse cargo público.

A sua atuação abrange diversas linhas, mas o diplomata, resumidamente, tem como premissa a de implementar uma política externa do país que representa. 

É por isso mesmo que o diplomata necessita, muitas vezes, viver em outros países e falar outras línguas. Afinal, ele é o representante oficial da nação no exterior ou na comunidade internacional de modo geral.

Ele deve negociar acordos, elaborar tratados, sempre de modo a defender os interesses nacionais e manter informado o governo brasileiro sobre assuntos de interesses da nação. 

Ainda que o trabalho de um diplomata esteja relacionado a atividade no exterior, ele pode trabalhar no Brasil também.

Na verdade, estima-se que a pessoa deve passar metade do tempo no Brasil, seja em Brasília – na Secretaria de Estado das Relações exteriores (SERE) – ou em qualquer um dos 9 Escritórios de Representação Regional do Itamaraty espalhados em todo o país. 

Aqui no Brasil, o diplomata pode ficar encarregado por monitorar e acompanhar determinados países ou temas em Brasília, se tornando o contato brasileiro em missões, embaixadas e consulados de outras nações. 

Esse cargo oficial responde ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Itamaraty, que é o órgão que conduz a política externa brasileira e assessora o Presidente da República.

Por onde começar?

Dito isso, afinal, como você consegue ser um diplomata no Brasil? 

Os primeiros aspectos a serem observados é preencher alguns requisitos básicos:

  1. Ser brasileiro nato;
  2. Maior do que 18 anos;
  3. Estar em dia com as obrigações eleitorais e militares;
  4. Ter curso superior em instituições reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC).

Atendidos esses critérios, é preciso começar a pensar no Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD). Essa sigla é famosa e importante, por isso, explicaremos ela com calma.

O que é o CACD?

Se você em algum outro momento da sua vida procurou saber melhor sobre a carreira diplomática, deve ter se deparado com esse termo. Porque é ele o concurso que o insere nesse universo. 

A prova é realizada pelo Instituto Rio Branco (IRBr), que, como não poderia deixar de ser, está relacionada ao MRE e é o órgão responsável pela formação desse cargo. 

O concurso acontece uma vez por ano, pelo menos, e é aberto a todos aqueles que atenderem os requisitos que falamos ainda há pouco. São duas fases: a primeira composta por questões objetivas e a segunda por provas escritas.

Não há um curso preferencial para se tornar um diplomata, ainda que algumas disciplinas de determinadas áreas sejam mais cobradas que outras, a exemplo do direito, direito institucional público, economia, geografia, história mundial, línguas (português, inglês, francês e espanhol). 

Se você está animado para realizar o CACD, aproveite para estudar bastante, pois ele é reconhecido como uma das provas mais difíceis do país e a média de preparação dos aprovados é de 3 a 4 anos de estudo. 

E aqui não há qualquer segredo: a dica é estudar. Existem alguns cursos para diplomatas, mas a certeza de aprovação é a aplicação e dedicação ao aprendizado. 

Tem um perfil preferencial para ser um diplomata?

Esse cargo, geralmente, é cercado de estereótipos e algumas lendas, como não poder ter tatuagens – o que não é verdade.

A pessoa que queira ser diplomata deve se interessar por assuntos internacionais, do direito às línguas, principalmente. O empenho pelo estudo não deve ser apenas uma característica de um candidato ao cargo, mas também quando for, de fato, um diplomata. 

Outra característica de um diplomata é a capacidade de negociação, afinal, uma de suas funções é realizar acordos que sejam viáveis a todas as partes envolvidas, sobretudo, ao país que representa.

É preciso ter também uma boa capacidade de adaptação a contextos diferentes. Isso devido, claro, a sua locação poder ser em países diversos em que, geralmente, o clima político e social são dos mais variados. 

Se você tem todas essas características, comece seus estudos agora mesmo! Tenha um bom plano de estudos, muita dedicação e gosto pelas negociações. Esses são os passos fundamentais para ser um diplomata de sucesso.

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