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Principais desafios da juventude brasileira no enfrentamento à crise climática

Principais desafios da juventude brasileira no enfrentamento à crise climática

O envolvimento da sociedade civil em processos políticos e em reivindicações a respeito de pautas ambientalistas, como no #FridaysForFuture, que em 2018 mobilizou jovens ao redor do mundo inteiro em prol das mudanças climáticas, é de suma importância para transformações efetivas em nosso modo de vida. Contudo, para a realidade brasileira, isso não é o suficiente.

É importante lembrar que a juventude, em qualquer lugar do mundo, mas especialmente no Brasil, é o produto de uma construção social muito diversa que precisa levar em conta inúmeros contextos relacionados a gênero, etnia, cultura e classe social, e para integrar todas essas “juventudes” a discussões sobre o enfrentamento da crise climática, em primeiro lugar, é necessário uma educação ambiental adequada e democrática, pois o amplo acesso a informações, fomento à pesquisa e reconhecimento da importância dos movimentos indígenas é imprescindível para que os jovens brasileiros se engajem efetivamente em pautas climáticas e ambientais em geral.

O Brasil possui uma grande relevância perante a manutenção da crise climática. A biodiversidade brasileira, e em especial a Amazônia, considerada o pulmão do mundo, é um agente decisivo na transformação da realidade ambiental. Este fato compete à juventude do Brasil um desafio ainda maior, posto que possuímos a responsabilidade de manter a nossa “casa”, ponto que afeta principalmente a juventude indígena, os principais e diretamente afetados pela crise climática, e também de corresponder às expectativas globais de sermos os atores da mudança.

Contudo, a carência de políticas públicas consistentes e contínuas sobre mudanças climáticas no Brasil não apenas impossibilita um debate socioambiental abrangente nos setores corporativos, agrícolas etc., como também enfraquece o envolvimento do jovem brasileiro e atrasa a construção de um espaço formal para atuação de jovens que, na maioria das vezes, existem como um conselho consultivo, nunca de forma deliberativa e vinculante, como foi muito bem colocado pela Paloma Costa, coordenadora do grupo de trabalho sobre o clima na Engajamundo no Encontro de Cúpula da Juventude para o Clima, em 2019.

Durante boa parte da história, jovens foram responsáveis pela idealização de um futuro sem terem condições de intercederem na construção do presente, por isso, a ocupação da juventude em espaços estratégicos e sua atuação em debates, planejamentos, execuções e avaliações de políticas em governos e organizações que lideram a agenda climática, é essencial para o fortalecimento da posição da juventude na construção de um mundo mais sustentável.

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