Uma delegação inteiramente feminina para participar do maior fórum da ONU dedicado à igualdade de gênero e empoderamento de meninas e mulheres? Temos! Em março, Mês da Mulher, 14 delegadas embarcam para Nova York, EUA, para representar o Diplomacia Civil no 63o Commission on the Status of Women (CSW), evento promovido pela ONU Mulheres, que acontece de 10 a 16.
Anualmente, o CSW promove uma sessão oficial para discutir a realidade das mulheres em todo o mundo. Com a recente conquista de Status Consultivo no Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC), o Instituto Global Attitude tem total acesso ao fórum, participando assim dos debates sobre os progressos e retrocessos dos objetivos da Agenda 2030 relacionados à promoção dos direitos das mulheres nas áreas política, econômica, civil, social e educacional. Na edição deste ano, o tema foca nos “Sistemas de proteção social, acesso a serviços públicos e infraestrutura sustentável para a igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas”.
Como processo preparatório para a viagem, as delegadas passam por cinco workshops e estão em fase de finalização de seus artigos, com temas voltados ao assunto do fórum – sugeridos por elas mesmas -, orientadas por um professor especialista. Já em Nova York, a delegação conta, além das palestras e debates do evento, com agenda exclusiva de reuniões e encontros com líderes e especialistas, promovidos pela coordenação do Diplomacia Civil.
Delegação será painelista
Além de participar do CSW, as delegadas apresentarão painel especial no NGO CSW, evento paralelo que representa mais de 100 organizações e indivíduos focados em discutir a situação feminina no mundo. No dia 11 de março, as brasileiras farão um panorama sobre a condição da mulher no Brasil e o que organizações da sociedade civil têm feito para promover a igualdade e o empoderamento nas condições da mulher brasileira.
A apresentação contribuirá para o debate sobre a igualdade de gênero brasileira nas áreas ambiental, socioeconômica e cultural, bem como sobre os ODS e sua implementação, com foco na formulação de políticas para garanti-los. A delegação espera, assim, criar um entendimento mais amplo sobre a realidade brasileira, promovendo também uma rede entre os participantes.
Conheça as delegadas:
Camila Lopes Brenner é graduanda em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Foi bolsista no Programa Institucional de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq), tendo como linha de pesquisa sustentabilidade e cidadania. Atualmente, realiza pesquisas relacionadas, principalmente, à aplicabilidade da Lei Maria da Penha às transexuais. Estudou por um semestre, durante o curso de Direito, na Université de Liège, na Bélgica (ULiège), por meio de mobilidade estudantil. Foi estagiária no 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher em Goiânia.
Carolina Soares é Pedagoga pela UFRGS, Psicopedagoga Clínica e Institucional pela PUCRS, pós-graduada em Acompanhamento Terapêutico, Educação Inclusiva (PUCRS) e em Gestão, Orientação e Supervisão Escolar (UNIRITTER). Co-criou o Porto Alegre Como Vamos, que visa aproximar os eleitores dos candidatos através da tecnologia. Co-fundou a Rede Minha Porto Alegre, uma organização que conta com mais 14.000 pessoas fiscalizando poder público. Co-criou, ainda, o Mapa do Acolhimento, rede de proteção psíquica e jurídica a mulheres vítimas de violência; o Mulheres Mobilizadas; as campanhas #AconteceuNoCarnaval e #IssoéFeminicidio, a qual inseriu o subtítulo Feminicídio em todos os boletins de Ocorrência do Rio Grande do Sul e conseguiu com que o Estado aderisse ao Protocolo Latinoamericano de Mortes Violentas em Razão do Gênero. Além do ativismo, é professora no Colégio Israelita Brasileiro.
Clara Torma é graduanda em Economia pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE-UFRJ) e foi intercambista na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), no Paraná, onde iniciou seus estudos sobre Gênero e Feminismo. Atualmente, realiza pesquisas com foco principal em temas relacionados a questões de gênero, mercado de trabalho, proteção social e estudos latino-americanos. É integrante de atividades universitárias como o Grupo de Economia e Feminismos, a Liga Acadêmica de Políticas Públicas (LAPP) e o Centro de Estudos sobre Desigualdade e Desenvolvimento (CEDE), todos sediados no IE-UFRJ. Autora do trabalho “Desproteção Social Sob Uma Perspectiva de Gênero: Análises Sobre o Trabalho Doméstico Remunerado no Brasil”, melhor trabalho na categoria ‘Economia Política e Desenvolvimento’ do Encontro Regional de Estudantes de Economia (ERECO SUDESTE) – UERJ. Foi vice-presidente da AIESEC no Rio de Janeiro, tendo oportunidade de trabalhar como consultora da rede de diretores locais na Argentina.
Daniela Bicalho Godoy é advogada popular e defensora de direitos humanos, graduada em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pós-graduanda em Advocacia Cível pela Escola Superior de Advocacia da OAB/MG (ESA-OAB/MG), com trajetória profissional marcada pelo exercício da advocacia estratégica em direitos humanos e pelo desenvolvimento de atividades acadêmicas de pesquisa, extensão e prática jurídica universitária em direitos sexuais e reprodutivos, direitos da comunidade LGBT e direitos humanos e empresas. Integrou a delegação do Diplomacia Civil para o Comitê de Organizações Não Governamentais sobre a Situação da Mulher (NGO CSW 62) em 2018. Prestou assessoria técnico-jurídica na Cáritas Brasileira – Regional Minas Gerais aos núcleos familiares atingidos pelo rompimento da Barragem de Fundão em Mariana, foi advogada orientadora voluntária na Clínica de Direitos Humanos (CdH-UFMG) e na Divisão de Assistência Judiciária (DAJ-UFMG), participou da fundação da CdH-UFMG e foi orientadora do Núcleo Mães Órfãs da CdH-UFMG. Foi orientadora do Grupo de Trabalho da CdH-UFMG responsável por exposição de argumentos em audiência pública e pela elaboração de petição de Amicus Curiae a favor da descriminalização da interrupção voluntária da gravidez até o terceiro mês de gestação, protocolada no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 442 (ADPF 442) em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).
Emanuela Pinheiro é empreedendora e fundadora do negócio social Mulheres do Sul Global. Pós-Graduada em Sociologia Urbana pela UERJ, com especialização em História das Relações Internacionais, também UERJ; graduada em Secretariado Executivo pela Estácio de Sá, com formação livre em Cinema e Documentário pela Academia Internacional de Cinema – AIC. Como fundadora e diretora do Mulheres do Sul Global, ganhou em 2018 o prêmio Top Ten Innovators, tendo o projeto eleito um dos 10 mais inovadores do mundo pelo programa ShellLiveWire. Em 2017 entrou para a lista de mulheres inspiradoras da prestigiada organização Think Olga, ao conquistar prêmios de inovação social e economia criativa, obtendo o primeiro lugar no prêmio Shell Iniciativa Jovem 2017; vencedora do Desafio de Moda Sustentável do ColaboraAmérica 2017; e conquistou o Selo de Empreendimento Sustentável 2018, também do programa Shell.
Janaína Chezanoski é graduada em Relações Internacionais pela Universidade Estácio de Sá. Fez intercâmbio universitário em Charleston, EUA, e intercâmbio social em Kumasi, Gana, onde trabalhou em um orfanato com foco em meninas com necessidades especiais vivendo em situação de vulnerabilidade. Atualmente, é responsável pela mobilidade global na DOF Brasil, multinacional do ramo de óleo e gás, onde faz a gestão dos expatriados e acompanha a lei de migração brasileira desde o início de sua implementação. Inspirada pela temática de migração, pelas questões humanitárias e multiculturais, estuda a empregabilidade das mulheres refugiadas no Rio de Janeiro, tema que resultou em um artigo acadêmico. Participa de ações voluntária na ONG Sonhar Acordado e se prepara para emitir sua certificação internacional como especialista em mobilidade global.
Júlia Porto é graduada em Letras e Mestra em Educação pela Universidade de São Paulo. Após sete anos dedicados à educação infantil, atualmente é professora de Ensino Fundamental em São Paulo para crianças de 8 a 10 anos de idade. Como pesquisadora, estuda representação cultural na literatura infantil e já publicou artigos e capítulos de livro sobre o tema. Em 2018, participou do X Congresso Internacional de Leitura em Havana, Cuba, e da 16ª Festa Literária Internacional de Paraty, discursando sobre representações de gênero na literatura infantil.
Luísa Hostalácio é graduada em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas) e pós-graduanda em Administração Pública, Planejamento e Gestão Governamental pela Fundação João Pinheiro. Durante a graduação integrou a equipe do Temas 13 e participou de três edições do projeto de extensão desenvolvido pelo Departamento de Relações Internacionais da PUC Minas, o MINIONU, maior modelo intercolegial da ONU na América Latina. Em sua última participação, em 2017, foi Diretora da Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW 7 – 1953), o qual abordou os direitos políticos e civis das mulheres. Atuou, ainda, como Diretora de Administrativo e Financeiro na empresa júnior Forward Consultoria Jr., foi membro do Centro Acadêmico Immanuel Kant de Relações Internacionais e voluntária no Centro Mineiro de Voluntariado Transformador (MinasVoluntários).
Naomi Reis é graduada em Direito pelo Centro Universitário Unicuritiba e se aprofunda no estudo de seis idiomas. Já atuou na Defensoria Pública da União e na Defensoria Regional de Direitos Humanos, onde pôde dedicar-se à efetivação e proteção de direitos fundamentais de brasileiros e imigrantes estrangeiros. É co-criadora e coordenadora do grupo de extensão “De Portas Abertas Para o Mundo”, que tem como escopo a acolhida de imigrantes e refugiados na cidade de Curitiba, além de ser participante do Coletivo Saia Na Rua, que visa a igualdade de gênero através do empoderamento feminino, e do Coletivo Sustentável, que visa a promoção de um meio ambiente equilibrado e bem-cuidado. Atualmente, é embaixadora do Foro Juventudes de América Latina y el Caribe 2030.
Tamires Zanotti é graduada em Direito e mestranda em Direitos e Garantias Fundamentais pela Faculdade de Direito de Vitória. Fez intercâmbio cultural na EC English em Bristol, Reino Unido, e um semestre de intercâmbio acadêmico na Universidade Nova de Lisboa, Portugal. Como voluntária, participou de ações sociais pelo Erasmus Student Network em Lisboa e, atualmente, desenvolve pesquisas no campo de Direitos Humanos, com enfoque em segurança pública, gênero e relações raciais.
Tarsila Klein Schorr é graduanda em Relações Internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Foi secretária acadêmica do VII UFRGSMUNDI, projeto de simulação das Nações Unidas para secundaristas da Universidade. Organizações Internacionais e Direitos das mulheres são seus principais temas de interesse.
Tatiane Reis é Mestra em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tendo realizado pesquisas em estudos de gênero desde a graduação, na mesma universidade. Possui experiência como educadora tanto no setor público quanto na iniciativa privada, incluindo docência de História em LIBRAS para estudantes com surdez, participações em eventos e palestras em universidades. Atualmente, leciona História no Colégio Brigadeiro Newton Braga, onde também atuou junto à Direção Pedagógica. Como voluntária, é Coordenadora de Empoderamento Feminino da ONG Africa Youth for Peace and Development (AYPAD), onde atua desde 2016, e participou como Líder de Impacto do Baanko Challenge 2018, programa de aceleração de negócios de impacto social focado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Taynara Arimatéa Neves é advogada, graduada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e pós-graduanda em Estudos Diplomáticos pelo CEDIN – Centro de Estudos em Direito e Negócios. Como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), abordou o papel do Brasil no enfrentamento ao Tráfico Internacional de Pessoas, focando no combate ao tráfico internacional de mulheres e crianças para fins de exploração sexual. Durante a graduação, estagiou no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) e realizou curso oferecido pela Universidade Sorbonne, em Paris. Atualmente, integra a equipe do escritório de advocacia Malaquias Neves & Advogados Associados e pesquisa os impactos sociais e ambientais da indústria global da moda e a sua relação com direitos humanos, sustentabilidade, igualdade de gênero e empoderamento feminino em países em desenvolvimento, temática escolhida para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da sua pós-graduação.
Thaís Arnoud é graduanda em Psicologia pela PUCRS e atua como auxiliar de pesquisa no Grupo de Pesquisa em Violência, Vulnerabilidade e Intervenções Clínicas (GPPeVIC), onde auxilia em um projeto que visa a prevenção aos maus tratos na infância. Além disso, é estagiária na escola de educação infantil Escola Despertar. Fez parte do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Trauma e Estresse (NEPTE) como estagiária. Se interessa em estudar e desenvolver ações nas temáticas da violência, da igualdade de gênero e da garantia dos direitos humanos. Desenvolve atualmente pesquisa sobre as possíveis intervenções de educação e responsabilização para homens autores de violência contra mulher no Brasil.
O Instituto Global Attitude agradece a todos os inscritos na seleção. Para saber sobre o que os delegados estarão vivenciando no evento, acompanhe as nossas redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram), onde promovemos a cobertura do programa.