Crescimento inclusivo, o futuro do trabalho e economia digital são apenas alguns dos temas para discussão no próximo OECD Forum, que acontece em maio. Durante os dois dias de conferência, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico reúne grupos influentes de diversas áreas da sociedade civil em Paris, na França – e a discussão atinge desde CEOs de grandes empresas e membros da imprensa até universitários e líderes de ONGs de diversos países.
Afinal, as próximas gerações devem enfrentar a chamada 4ª Revolução Industrial e, com ela, toda uma nova organização do mercado de trabalho baseada em tecnologias digitais que sequer ainda foram inventadas. Como o desenvolvimento tecnológico cresce de forma exponencial, e como cada nova ferramenta interfere em nosso comportamento, necessidades e interações, podemos concluir que quem está na escola agora está sendo formado para empregos que ainda não existem. Daí a importância de criar espaços para que a juventude possa debater como enfrentar essas mudanças, individual e coletivamente.
O que é a 4ª Revolução Industrial?
As três primeiras Revoluções Industriais também foram marcadas por invenções que modificaram a forma de organização das sociedades da época. A primeira, através do surgimento da máquina a vapor, ferrovias e equipamentos mecânicos. A segunda, com a eletricidade, metalurgia e química. E a terceira, em que vivemos até agora, veio com o advento da tecnologia digital: informática, robótica e biotecnologia.
Acontece que, nos últimos anos, vimos como a esfera digital pode alterar o espaço físico – é só pensar em sequenciamento de genoma ou impressões 3D para admitir que os limites entre o mundo real e virtual estão cada vez mais difusos. É esse contexto que marca a 4ª Revolução Industrial, com o advento de sistemas ciberfísicos.
Ok, mas o que isso tem a ver comigo?
Quase metade dos jovens acredita que seu emprego atual já terá desaparecido nos próximos 10 anos! Principalmente em países europeus, Estados Unidos e Austrália, o otimismo desses estudantes e recém-formados quanto ao futuro caiu – e eles culpam a globalização pela pressão excessiva no mercado de trabalho. A competição internacional afeta cerca de 75% deles (em alguns países, como os EUA, as pesquisas mostram que mais mulheres do que homens são afetadas por essa realidade – leia mais).
Enquanto isso, em países emergentes, como Brasil e Índia, a juventude está confiante: 74% dos brasileiros ouvidos no ano passado afirmaram que estavam otimistas ou muito otimistas quanto ao seu futuro. Afinal, muitos desses jovens ainda foram os primeiros de suas famílias a frequentar uma universidade ou a estudar no exterior, por exemplo.
De qualquer forma, esse é o momento de se pensar tanto no papel da educação formal quanto nas soft skills (habilidades socioemocionais como liderança, flexibilidade, resolução de problemas); tanto em políticas públicas quanto no empreendedorismo social que desponta entre os jovens. Como você acredita que será seu trabalho no futuro? E como você pode contribuir para a construção desse caminho? Não perca as inscrições para o OECD Forum 2016 aqui.
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