Vamos tratar aqui sobre o tema refugiados climáticos. Mas, primeiramente, ao falarmos de refugiados, entendemos que grandes problemáticas locais, ocasionadas por diversos fenômenos levam sua população a migrar para outros lugares, para que assim possam adquirir melhores condições de vida.
Logo, também associamos com pessoas que fogem de Estados conflituoso (em guerra). No entanto, é preciso destacar um movimento migratório, que, está se tornando mais evidente a cada dia: a migração em decorrência das mudanças climáticas.
Fatores como aumento do nível do mar, desertificação, secas ou chuvas extensas, são exemplos de manifestações ambientais que não podem ser facilmente controladas. Esse fator é o que leva diversas famílias a procurarem melhores lugares para sua sobrevivência e de sua família.
Fenômeno Migratório
O Alto Comissariados das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), informa que cerca de 64 milhões de pessoas no mundo foram obrigadas a se deslocar por conta das mudanças climáticas, e que o até 2050 o número pode chegar a ser de 1 bilhão de refugiados (JUSTINO, 2021).
Este fenômeno migratório recebeu em 2020 a atenção da ONU, que reconheceu pela primeira vez os “refugiados climáticos”, após um caso simbólico de Ioane Teitiota, um morador da República de Kiribati que junto de sua esposa e filhos saíram do país natal para viver na Nova Zelândia em 2007, tendo em vista que o nível do mar e outros problemas socioambientais em Kiribati estavam cada vez maiores.
Porém, mesmo após já estar vivendo no país, foram deportados em 2015. Isso devido ao não reconhecimento de que os riscos que viviam, colocavam em risco imediato suas vidas.
Solução Para os Refugiados Climáticos?
Com esta manifestação da ONU, vemos a importância do debate de questões que afligem o mundo e a sociedade a nível global, pois quando um organismo internacional de relevância como as Nações Unidas, se manifesta sobre um problema que vem ocorrendo e precisa de voz, pode mudar todas as decisões sobre casos parecidos que venham acontecer no futuro e que estão ocorrendo agora.
Então, com o reconhecimento da ONU, os países membros e demais organizações internacionais podem debater e articular maiores soluções em regiões do globo que necessitem de ajuda interna e de refúgio aos seus moradores. Assim, podendo trazer os princípios da dignidade humana na prática e a construção de positiva e forte relações de cooperação entre Estados. Desse modo, fortifica a integração das relações internacionais e gera mais atenção a situações de extrema importância para a vida humana.
Interessante e necessário ressaltar, que este debate sobre refugiados provocados por mudanças climáticas, levantam eventualmente uma questão delicada para os Estados, o meio ambiente.
Todo este movimento de milhões de pessoas para fora de seus países, mostra de forma explicita o quanto o meio ambiente está instável e passando por transtornos, demonstrando primordialmente as frágeis atitudes que os Estados vem tomando com políticas domésticas e internacionais no quesito de proteção ambiental.
Enfim, o casos como este e de outras mais 64 milhões de pessoas levantam o questionamento: o que a cooperação entre Estados pode fazer para ajudar refugiados e evitar ações prejudiciais ao meio ambiente, para que dentro de um longo prazo, surtam efeitos de estabilidade ambiental, e consequentemente relações pacificas entre natureza e o ser humano.