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Poluição do ar mata anualmente 7 milhões no mundo; Brasil mostra avanços

Durante o encontro dos 20 anos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizado nesta semana, uma das principais discussões foi voltada às mudanças climáticas e ao cumprimento da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Segundo o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, grande parte dos países pertencentes à CPLP foram afetados pelo El Niño, a exemplo do Brasil, Moçambique e Timor-Leste, os quais se viram afetados por uma seca intensa, prejudicando a lavoura, a pecuária e, consequentemente, a produção de alimentos.
Ele afirma, ainda, que o segundo semestre dará lugar ao La Niña – que ao contrário dos efeitos de estiagem do El Niño, causará grandes inundações.

Poluição urbana
De acordo com um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), os níveis de poluição do ar nas zonas urbanas aumentaram em 8% em cinco anos (2008 a 2013) e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição do ar mata 7 milhões de pessoas por ano e mais de 80% dos indivíduos que vivem em áreas urbanas são expostos a níveis de qualidade do ar que excedem os limites de segurança estabelecidos pela OMS.

Esta poluição é uma das maiores causas de doenças e mortes em países em desenvolvimento, os mais afetados por este problema. A má qualidade do ar resulta em riscos de infartos, problemas no coração e câncer, além de intensificar doenças respiratórias, principalmente asma.

Ainda segundo a OMS, apesar dos níveis de poluição do ar no mundo estarem em crescente aumento, países mais ricos apresentam níveis mais baixos. Isso foi constatado por um estudo da OMS que analisa mais de três mil cidades em 103 países, o qual afirma que 98% das cidades com mais de 100 mil habitantes não vivem com um ar limpo. A cidade menos poluída do mundo está na Finlândia (Muonio), enquanto a mais suja é Riade, capital da Arábia Saudita.

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Cidade Riade. Foto: Another Capuccino

Resposta mundial
Apesar dos dados não serem animadores, uma série de países e regiões têm apresentado medidas eficazes (e até rentáveis) destinadas à melhoria da qualidade do ar, baseadas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o que proporciona uma oportunidade para a implementação dessas medidas a nível mundial.

Pelo menos 82 países possuem incentivos que promovem o investimento na produção de energia renovável como método mais limpo, além de eficiência energética e equipamentos de controle de poluição. Em 2015, pela primeira vez, as energia renováveis representaram a maior parte da nova capacidade de geração de eletricidade adicionada em todo o mundo, resultando em um investimento de 286 bilhões de dólares, segundo o PNUMA.

Ainda de acordo com o programa, 97 países possuem 85% de seus domicílios com acesso a combustíveis de queima mais limpa, um método que combate à poluição do ar que afeta ambientes fechados, situação responsável por mais da metade das 7 milhões de mortes anuais associadas à poluição da atmosfera.

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Foto: Greenpeace/Kuang Yin

Apesar disso, menos de 20% dos países no mundo regulam a queima a céu aberto de resíduos, uma das principais causas da poluição do ar.

Avanços brasileiros
Segundo relatório divulgado pelo PNUMA, apesar da rápida urbanização e industrialização no Brasil ter impactado a qualidade do ar em grandes centros urbanos, o país tem buscado implementar incentivos regulatórios, institucionais e econômicos que estimulem o investimento em energia renovável, como a eólica, solar e mini-hídrica.

Exemplo disso é o Programa de Eficiência Energética, o qual exige que produtores gastem um mínimo de 5% em programas de eficiência energética. Outro exemplo positivo surgiu após os protestos de junho de 2013, que fez com que o Governo Federal aumentasse o investimento em transporte público.

Chamado de Pacto de Mobilidade, o projeto tem o objetivo de oferecer um transporte com mais qualidade e que, ao mesmo tempo, desafogue o trânsito nas cidades. Os resultados têm sido positivos, ainda que não tenham atingido números ideais.

O Instituto Global Attitude listou as 20 cidades brasileiras “mais inteligentes” em termos de mobilidade e sustentabilidade. Confira:

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