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Saiba como ajudar os refugiados no Brasil

Por Biah Percinoto

Ainda que o governo brasileiro tenha se prontificado na construção de uma cultura política que atenda as questões dos refugiados, muito ainda precisa ser feito para que essas pessoas se integrem efetivamente à sociedade brasileira.

Por isso, algumas organizações abraçaram a missão de dar suporte a centenas de deslocados. Como a demanda é muito grande, a maior parte delas aceitam diferentes tipos de ajuda voluntária – da captação de recursos a trabalhos administrativos nos centros de apoio.

Certamente você também irá encontrar uma boa forma de colaborar. Navegue na imagem, abaixo, e saiba como:

 

Refugiados: um problema social global

Uma imagem extremamente tocante, publicada nesta quarta (02) por um fotógrafo da Reuters, estampou diferentes veículos de comunicação, sensibilizando o mundo para um dos maiores problemas sociais globais da atualidade: a questão dos refugiados.

Nela, vemos um menino morto por afogamento sendo encontrado por oficiais da guarda costeira, em Bodrum, na Turquia; sua morte – e a de mais 11 sírios – se deu após uma tentativa mal sucedida de navegar para a ilha grega de Kos.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente 60 milhões de pessoas estão deslocadas pelo mundo, fugindo de conflitos armados e perseguições, e só este ano mais de 2.500 pessoas morreram tentando cruzar o Mediterrâneo.

Apesar de o Brasil não ser o principal destino dos refugiados, atualmente o Ministério de Justiça reconhece 7.946 refugiados, dentre sírios, colombianos, angolanos e congoleses; segundo reportagem do Brasil Post, ainda falta nesta conta os 40 mil haitianos que estão no país com visto humanitário. Dados da Agência da ONU para Refugiados – ACNUR, apontam que o número total de pedidos de refúgio no Brasil aumentou mais de 930% entre 2010 e 2013 (de 566 para 5.882 pedidos). Até outubro de 2014, já foram contabilizadas outras 8.302 solicitações.

“Apesar de, ainda, ser uma realidade pouco distante da brasileira, nós necessitamos compartilhar as responsabilidades coletivas, assumindo a crise dos refugiados como um fenômeno global que só será solucionada com a cooperação e solidariedade de todos”

Frequentemente debatido em fóruns e eventos internacionais, o tema foi amplamente discutido pelos jovens que participaram do Euro-BRICS Young Leaders Summit – evento realizado no começo do ano com o objetivo de engajar a juventude em temas relevantes ao bloco; na semana passada, a questão foi retomada em uma das recomendações feitas pelos cinco brasileiros que formaram a cúpula jovem do G20, no Youth 20 (Y20), e recebeu aprovação no comunicado final da reunião. “Criamos uma proposta de incentivo aos Centros de Referência em Direitos Humanos nos países receptores e de trânsito de refugiados. Eles seriam o primeiro contato dos refugiados com os direitos e garantias fundamentais no novo local, além da oportunidade de engajar a sociedade civil na prestação de assistência jurídica, psicológica e social a estas pessoas”, explica o advogado Lucas Rocha, um dos delegados brasileiros do evento.

De acordo com o advogado, um tratamento mais humano são as bases para a implementação de outra proposta do Y20, que prevê a criação de um programa de reassentamento mundial, vinculativo entre os países do G20, com o objetivo de conceder vistos humanitários e apoio financeiro aos países receptores e de trânsito de refugiados. “Apesar de, ainda, ser uma realidade pouco distante da brasileira, nós necessitamos compartilhar as responsabilidades coletivas, assumindo a crise dos refugiados como um fenômeno global que só será solucionada com a cooperação e solidariedade de todos”, finaliza Lucas.

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