POR BIAH PERCINOTO
As propostas dos brasileiros, sobre gênero e apoio aos refugiados sírios, foram recebidas com entusiasmo pelas delegações que integraram a cúpula jovem do G20. Três delas obtiveram apoio unânime durante o evento de seis dias.
Intitulado “Youth 20”, o evento está acontecendo em Istambul, Turquia, e tem como objetivo fornecer aos líderes da cooperação econômica a perspectiva dos jovens sobre problemas globais contemporâneos, como desemprego juvenil, educação e a questão dos refugiados. Cada país é representado por quatro ou cinco pessoas, perfazendo um total de cerca de 100 delegados na cimeira.
Selecionados pelo programa Diplomacia Civil, do Instituto Global Attitude, a delegação brasileira é composta pela jornalista Juliana de Faria Kenski, pelos Internacionalistas Bruno Stankevicius Bassi, Lucas Gabriel Figueira Rocha e Boris Perius Zabolotsky, e pelo economista Helder Seabra Consoli.
Dentre as recomendações brasileiras que tiveram aprovação unânime durante o fórum está a eliminação das desigualdades de gênero no âmbito da educação e do ambiente de trabalho, por meio do acesso gratuito ao ensino secundário, conteúdo com perspectiva de gênero e sensibilização dos professores no combate de estereótipos; a educação como instrumento de coesão social e tolerância, celebrando a diversidade, além do apoio jurídico a refugiados sírios, combate a violência sexual e empoderamento por meio da educação.
“Recentemente o G20 criou o W20 provando que finalmente o debate sobre a mulher está sendo reconhecido e ganhando atenção na agenda internacional. A redução deste gap de oportunidades entre homens e mulheres também foi falado na abertura do Y20, que pretende quebrar preconceitos e estereótipos por meio da educação, promovendo a inclusão a todos os gêneros”, comentou a jornalista e delegada brasileira no evento Juliana Kenski.