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Delegada do Y20 Australia 2014, Luísa Coutinho, concede entrevista para Gazeta Online

Delegada do Y20 Australia 2014, Luísa Coutinho, concede entrevista para Gazeta Online

Luísa defendeu a tese de inserir sustentabilidade nas esferas do grupo dos países mais ricos

Em novembro próximo, quando os integrantes do G20 – uma espécie de fórum de cooperação e consulta sobre assuntos financeiros internacionais – estiverem reunidos, em Sidney, na Austrália, para discutir os encaminhamentos dos países membros, eles irão avaliar, entre os vários temas presentes nas pautas das discussões, uma proposta de uma jovem capixaba.
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A autora da proposta que está no documento final (Final Communiqué) do G20 – grupo das 20 maiores economias do mundo – é Luísa Cortat Simonetti Gonçalves Coutinho. Ela integra o grupo dos cinco brasileiros que foram selecionados para participar, no último mês de julho, em Sidney, da reunião do Y20, a cúpula jovem do G20. 

“Inserir o desenvolvimento sustentável, em suas três dimensões integradas, em todos os comitês do G20, e em suas decisões e resultados, inclusive no setor privado e na sociedade civil” é o trecho inicial da proposta da capixaba. Mas ela não está certa de sua implementação, porque os integrantes do G20 “tem a ideia de que o econômico está dissociado do ambiental e eles priorizam o econômico”, explica.

Presidente da Comissão de Sustentabilidade da Faculdade de Direito de Vitória (FDV), Luísa, 26 anos, chefiou a delegação brasileira e ainda conseguiu apoio dos participantes para aprovação da proposta (cláusula). Além da satisfação em ter seu esforço e dedicação reconhecidos, ela teve várias experiências que não serão esquecidas tão cedo.

Uma delas, que a surpreendeu, foi a interrupção dos trabalhos por 20 minutos, todos os dias, às 17h, para que os jovens muçulmanos pudessem participar do ramadã. “Foi uma situação que jamais havia pensado que presenciaria”, disse a capixaba. O aprendizado que trouxe para sua vida foi o respeito às diferenças.

Nos quatro dias de reunião – entre 12 e 15 de julho – os 120 jovens de 25 países, com idade entre 18 e 30 anos, cumpriram uma programação intensa com agenda de 14 horas de trabalho por dia. Sem contar com a agenda social, que tinha por objetivo principal a integração entre os participantes.

Era nos compromissos sociais – almoço, jantar, coquetel e danças – que aconteciam as conversas descontraídas e as articulações visando o apoio dos integrantes às propostas que cada delegação apresentaria. “Cada um de nós era observado pelos demais e o nosso comportamento era avaliado na hora das votações”, conta.

Como o evento aconteceu muito próximo dos jogos finais da Copa do Mundo, o futebol foi um dos temas predominantes nas agendas sociais. Os brasileiros e os argentinos, conta Luísa, foram os principais alvos das brincadeiras. Os alemães escaparam das gozações.

Este texto foi publicado originalmente no portal Gazeta Online.

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