A história irsraelo-palestino é caracterizada por mais de 70 anos de confrontos. Até meados de 1946 a região da península arábica, entre a Síria e o Egito, era considerada território Palestino, de acordo com a divisão feita pelo Reino Unido após a Primeira Guerra Mundial. Porém, anos mais tarde, buscando fugir da perseguição Nazista, a região passou a receber Judeus. principalmente pelo movimento sionista, que buscava a formação do Estado de Israel no Oriente Médio, baseados em questões religiosas da chamada “Terra Prometida”.
Em 1947, a Organização das Nações Unidas declarou apoio à divisão da Palestina e tornou Jerusalém uma cidade internacional, mas a força do Estado Israelense é desproporcional à Nação Palestina, e continua a integrar e reivindicar territórios.
De forma breve, alguns conflitos se destacam na história, como a Guerra dos 6 dias, de 1967, onde Israel ocupou 4 áreas, sendo: Península do Sinai, a Faixa de Gaza, Cisjordânia e Colinas de Golã. Posteriormente, em 1973 ocorreu a resposta árabe através da Guerra de Yom Kippur, no qual os atingidos pela guerra, Egito e Síria, aproveitaram o momento de fragilidade provocado pelo foco do período religioso iraquiano para iniciar o ataque. As intifadas, conhecidas como levantes populares palestinos – que ocorreram entre os períodos de 1987 e 2000 -, culminaram em conflitos fortemente armados em busca de acordos pela paz que contemplassem de forma satisfatória ambas as partes.
Discórdia Sem Fim
A mais nova página do conflito entre Israel e Palestina esteve noticiada fartamente durante a metade de maio de 2021. A nova escalada de tensões entre as duas nações se deu pela ameaça de despejo de famílias palestinas em áreas próximas a Jerusalém sem uma justificação plausível, permitindo que israelenses ocupassem o local.
Na verdade, a causalidade apresentada para a retirada das famílias se baseia em uma lei Israelense que garante a recuperação de terras entregues pelo Alto-comissariado das Nações Unidas para Refugiados em 1948. Importante destacar que a lei não abrange da mesma forma as terras anteriormente palestinas. Portanto, poder-se-á considerada novamente uma questão desigual, baseada em jugo político e até mesmo religioso. A própria ONU e a comunidade internacional em sua maioria condenam as violações.
Destarte, o choque entre as duas nações é desgastante em diversos aspectos, principalmente no âmbito social, econômico e político. Em uma visão internacional, Israel encontra-se, eventualmente, considerado um Estado multinacional. Isto é, um território que contempla mais de uma nação. Por definição, as nações são caracterizadas por grupos em comunidade que possuem suas próprias culturas e hierarquias, como é o caso de Israel e Palestina.
A Paz na História
Em síntese, durante a história, diversas tentativas para a criação de paz entre os atores acabaram sendo apresentadas. A princípio, gerando diferentes mapas de divisão e organizações, como a Organização para Libertação da Palestina, mas nenhuma alcançou o resultado esperado. A questão atual é cercada pela divisão de aliados, uma vez que a Palestina se encontra como alvo de sanções econômicas que aguçam o sentimento de injustiça, enquanto os Israelenses possuem apoio de grandes potências.
O cessar fogo é temporário e dependente das respostas e intervenções internacionais, que variam de acordo com os múltiplos interesses de cada soberania. Mesmo diante da reprovação da comunidade mundial, o confronto não apresenta uma solução passível de projeção, enquanto isso, a crise humanitária soma vítimas fatais, refugiados e desastres catastróficos para ambas as partes.
Fontes:
- Conflito entre Israel e Palestina: o que está acontecendo e mais 5 perguntas sobre a onda de violência. Acesso em 02 de jun. 2021.
- GOMES, Aura Rejane. A questão da Palestina e a Fundação de Israel. Acesso em 03 de jun. 2021.
- FERNANDES, Cláudio. A guerra dos Seis Dias. Acesso em 03 de jun. 2021.
- JANJEVIC, Darko. O que são intifadas? Acesso em 04 de jun. 2021.