Fonte: OBSERVATÓRIO DO TERCEIRO SETOR.
Em uma iniciativa inédita de democratização cultural, o Instituto Global Attitude (IGA), em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, promoverá nove festivais distribuídos por centros culturais, CEUs e espaços públicos da capital paulista ao longo do segundo semestre de 2025.
Uma programação plural e inclusiva
A agenda contempla manifestações artísticas que abrangem música, teatro, circo, dança, cultura de periferia e tradições populares, com destaque para:
Festival Bateria Nota 10 da Várzea (14/09 – Tendal da Lapa), que valoriza a música das torcidas de futebol amador.
Festival Concerto na Quebrada (30/08 a 12/12 – em 15 locais da cidade), que une piano clássico e expressões urbanas como rap, funk, samba e forró.
Festival Cultura Popular (07 a 12/10 –no Centro Cultural São Paulo CCSP), com maracatu, samba de roda, frevo, catira, rodas de conversa e oficinas.
Viradinha (04 e 05/10), com espetáculos lúdicos em diferentes locais da cidade para crianças e suas famílias.
MIACENA – Mostra Internacional de Artes Cênicas (21/10 a 01/11), com apresentações fora da caixa cênica em diferentes locais da cidade.
Festival Seja Luz (09 a 26 de outubro), uma viagem pela música gospel brasileira com números circenses como equilibrismo e acrobacias.
Festival Saudosa Maloca, que acontece todo segundo sábado do mês na Vila Itororó, celebrando o samba paulistano entre artistas da nova geração e da velha guarda.
Festival de Circo ( 09/12 a 14/12), com apresentações de acrobacia, palhaçaria e oficinas em vários equipamentos culturais.
Satyrianas 2025 (19 a 23/11 – Praça Roosevelt e entorno), festival de 78 horas contínuas com teatro, música, dança, circo e performances.
Acesso à cultura: um direito em construção
A iniciativa do IGA ganha ainda mais relevância em um cenário nacional onde o acesso à cultura, embora expandido, ainda convive com desigualdades profundas.
Segundo a pesquisa Hábitos Culturais 2023 (Fundação Itaú e Datafolha), 96% dos brasileiros participaram de ao menos uma atividade cultural — presencial ou online — em 2023, contra 89% em 2022. Houve crescimento no público de apresentações artísticas (45%, ante 18% em 2022), cinema (33%) e teatro infantil (24%).
No entanto, dados da pesquisa Cultura nas Capitais (JLeiva Cultura & Esporte, 2024) apontam queda no consumo cultural em várias categorias entre 2017 e 2024, com exceção dos jogos eletrônicos. Atividades como circo e concertos são menos acessadas (14% e 8%, respectivamente).
A desigualdade no acesso é visível nas diferenças por classe, cor e escolaridade. Por exemplo, pessoas brancas frequentam mais museus (32%), bibliotecas (28%) e teatros (29%), enquanto pretos frequentam mais shows (44%) e festas populares (39%). Pardos e indígenas têm participação bastante reduzida. Em São Paulo, 46% da população nunca esteve no Theatro Municipal e 34% nunca visitaram o MASP.
Esses dados revelam que, apesar dos avanços no consumo de cultura, o acesso ainda é desigual — fortemente atrelado a fatores socioeconômicos, geográficos e raciais.
Rodrigo Reis, Diretor Executivo do IGA, ressalta o papel transformador da cultura: “Acreditamos que arte é um direito, não um privilégio. Levar programação gratuita para diferentes regiões da cidade significa garantir que todos possam experimentar, aprender e se inspirar”. Sua atuação expressa o compromisso do Instituto Global Attitude com a inclusão, a descentralização cultural e o protagonismo social.
O Instituto Global Attitude assume um papel central ao promover uma programação cultural ampla, diversa e gratuita, com forte presença nas periferias e no centro da cidade. Em um contexto onde o acesso ao que é cultural continua restrito para muitos, essa agenda reforça a cultura como direito constitucional, motor de inclusão social e instrumento de transformação urbana.
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